LIÇÃO
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Eu não vejo coisas neutras.
Essa idéia é um outro passo em direção à identificação
da causa e efeito como realmente operam no mundo. Não vês
coisas neutras porque não
tens pensamentos neutros. É sempre o pensamento que vem primeiro,
apesar da tentação de acreditares
que é ao contrario. O modo de pensar do mundo não é esse,
mas tens que aprender que é o
modo como pensas. Se não fosse assim, a percepção
não teria causa, e seria, ela própria,
a causa da realidade. Em vista da sua natureza
altamente variável, isso é pouco provável.
Ao aplicar a idéia para o dia de hoje, dize a ti mesmo, com os
olhos abertos:
Eu não vejo coisas neutras porque não tenho pensamentos
neutros.
Então, olha à tua volta descansando o teu olhar em cada
coisa que notares durante o tempo suficiente
para dizer:
Eu não vejo um(a) ______ neutro(a), porque os meus
pensamentos sobre ______ não são neutros.
Por exemplo, poderias dizer:
Eu não vejo uma parede neutra, porque os meus
pensamentos sobre paredes não são neutros.
Eu não vejo um corpo neutro, porque os meus
pensamentos sobre corpos não são neutros.
Como de costume, é essencial que não faças distinções
entre o que acreditas ser animado ou inanimado, aprazível ou desprezível.
Independente do que possas acreditar, não vês coisa alguma
que seja realmente viva ou realmente alegre. Isso é assim porque
tu ainda não estás ciente de qualquer pensamento realmente
verdadeiro e, portanto, realmente feliz.
Três ou quatro períodos de pratica específicos são
recomendados, e no mínimo três são requeridos para
aproveitamento máximo, mesmo se experimentares
resistência. Porém, se o fizeres, a duração
do período de pratica pode ser reduzida
para menos do que o minuto aproximado que é recomendado se isso
não ocorrer. |