LIÇÃO
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Eu não vejo nada tal como é agora.
Essa idéia, obviamente, decorre das duas precedentes. Mas, embora possas
ser capaz de aceitá-la
intelectualmente, é pouco provável que signifique alguma coisa
para ti por enquanto, contudo, a
compreensão não é necessária nesse ponto. De fato,
o reconhecimento de que não compreendes é um
pré-requisito para desfazer as tuas falsas idéias. Estes exercícios
concernem a pratica, não a
compreensão. Não precisas praticar aquilo que já compreendes.
Ter como objetivo a compreensão e
assumir que já a tens seria, de fato, andar em círculos.
É difícil para a mente não treinada acreditar que aquilo
que ela parece retratar não existe. Essa
idéia pode ser bastante perturbadora e pode encontrar uma resistência
ativa sob inúmeras formas.
Mas isso não impede a sua aplicação. Nada mais do que isso é requerido
para estes exercícios ou
quaisquer outros. Cada pequeno passo esclarecerá um pouco da escuridão,
e a compreensão
finalmente virá para iluminar cada canto da mente que tenha sido esvaziado
dos entulhos que o
obscurecem.
Estes exercícios, para os quais bastam três ou quatro períodos
de pratica, envolvem olhar à tua
volta e aplicar a idéia para o dia a qualquer coisa que vês, lembrando-te
da necessidade de uma
aplicação indiscriminada e da regra essencial de nada excluir.
Por exemplo:
Eu não vejo essa máquina de escrever tal como é agora.
Eu não vejo esse telefone tal como é agora.
Eu não vejo esse braço tal como é agora.
Começa com as coisas mais próximas de ti e depois estende teu âmbito
para fora:
Eu não vejo aquele cabide de casacos tal como é agora.
Eu não vejo aquela porta tal como é agora.
Eu não vejo aquele rosto tal como é agora.
Enfatiza-se mais uma vez que, embora não devas tentar inclusão
completa, tens que evitar
qualquer exclusão específica. Certifica-te de estar sendo honesto
contigo mesmo ao fazer essa
distinção. Podes ser tentando a obscurecê-la.
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